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Planos terão peso maior

Geral

05.12.2012

Hoje o consumidor gasta, em média, 7% de sua renda com planos de saúde. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em 30 anos, esse custo será insustentável, representando 70% de seu salário. Há dois anos, o mesmo levantamento apontou 54,12%. Em apenas dois anos, o reajuste dos planos cresceu mais do que a inflação, sete pontos percentuais. Os dados foram divulgados ontem.

A relação entre o reajuste dos planos de saúde individuais e familiares e a inflação (IPCA) acumulada entre 2002 e 2012 apresentou uma diferença de 38,12%. Esse resultado indica que os planos de saúde continuam a ser corrigidos acima da reposição inflacionária, ampliando ainda mais o descasamento com a recomposição de renda do consumidor. Segundo a economista do Idec, Ione Amorim, se essa diferença entre os índices se mantiver nos próximos 30 anos, o consumidor perderá a capacidade de pagamento dos planos de saúde. “Projetando a diferença dos índices para as próximas três décadas, as mensalidades serão corrigidas em 163,49% acima do IPCA”, explica.

Um consumidor que tem, hoje, 30 anos, e que possui um plano individual em torno de R$ 210,07 (valor ilustrativo de um plano individual), com renda de R$ 3 mil/ mês, compromete 7% de seus rendimentos com o pagamento. Se forem mantidas as condições de reposição salarial e as regras atuais de reajuste dos planos, quando este consumidor completar 60 anos, terá, primeiramente, mudado de faixa etária, e seu plano de saúde terá sofrido um acréscimo de 296,79%.
Reprodução: Tribuna do Norte