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Procura por atendimento no Hospital João Machado deve aumentar

Geral

13.01.2015

Com todos os 117 leitos de enfermaria ocupados e sem possibilidade de ampliação do número, o Hospital João Machado possui, desde a manhã desta segunda-feira (12), quatro pacientes com transtornos mentais e dependentes químicos aguardando o surgimento de uma vaga para internação. A situação da unidade, hoje a única voltada para o recebimento de pessoas com este perfil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte, deve se complicar após a suspensão dos atendimentos públicos pelo Severino Lopes, a antiga Casa de Saúde de Natal.

Segundo o diretor administrativo, Edenilson Miguel, abriram seis novas vagas na enfermaria nas primeiras horas da manhã, mas como havia dez pessoas na fila aguardando uma vaga desde o início do final de semana passado, foram preenchidas na mesma hora. E não há previsão de novas admissões, já que o tempo de internação dos pacientes varia de acordo com a duração do tratamento administrado e a evolução do quadro médico.

“Além desses quatro, temos ainda um excedente de dez pacientes no pronto-socorro, que deram entrada nos últimos dias e que não podemos deixar de atender e de fazer o tratamento adequado para o momento. Todos os 35 leitos do setor estão ocupados, mas, apesar disso, não podemos dizer que há uma superlotação, porque alguns podem ser liberados ainda hoje”, falou.

Ele informou que após a suspensão dos atendimentos pelo SUS no Severino Lopes, é natural que haja um aumento da demanda e que a unidade já está se preparando para isso. E que isso provocará uma sobrecarga da equipe multidisciplinar que trabalha no pronto-socorro, porque não há como aumentar o número de profissionais, mesmo que seja necessário, em uma situação dessas.

“É imprescindível que se resolva essa situação do Severino Lopes o mais breve possível, porque a tendência é piorar. Também recebemos os mesmos R$ 43,73 por internação e sabemos que é impossível um hospital se sustentar com esses valores repassados pelo Ministério da Saúde, quando um hospital geral recebe R$ 300 pelo mesmo serviço. A nossa sorte são os leitos de retaguarda do Walfredo Gurgel que temos aqui e pelos quais recebemos um repasse. Se não fosse isso, estaríamos péssimos das pernas”, afirmou.

O diretor técnico do João Machado, Bruno Magalhães, também falou sobre a expectativa da unidade no aumento da demanda e que estão operando no limite da sua capacidade. “Por enquanto, não está sobrecarregando a gente, mas isso é uma questão de tempo. Já temos previsão de que isso ocorra nos próximos dias e estamso nos preparando para isso”, falou.

Fonte: Jornal de Hoje