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Saúde libera Ulisses Caldas e decide hoje sobre retorno

Geral

13.06.2014

O Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde-RN) faz assembleia a partir das 9 horas desta sexta-feira, 13, para avaliar a decisão do juiz José Undário Andrade, que determinou a volta ao trabalho de 100% dos servidores municipais da área de saúde, que se encontravam em greve há 59 dias. Numa reunião ocorrida no meio da tarde de ontem, o grupo de funcionários públicos que estava acampado em frente à sede da Prefeitura de Natal, na avenida Ulisses Caldas há dez dias, decidiram desocupar a via pública, depois que foi dado um prazo até a meia noite para a sua desobstrução da via. A secretária de Assuntos Trabalhistas e Jurídicos do SindSaúde-RN, Célia Dantas, disse que a categoria decidiu levantar o acampamento na noite de ontem, em virtude do temor de que os trabalhadores passassem a sofrer repressão, como já vem ocorrendo em outras capitais, como São Paulo, por causa da determinação do Poder Público em obedecer os ditames da Fifa para a Copa do Mundo. O juiz José Andrade determinou que os servidores da saúde voltem às suas atividades no período da Copa do Mundo, sob pena de multa diária de R$ 20 mil para o sindicato e de R$ 2 mil para o seu presidente. Em caso de desobediência à petição do município, será apreciado o pleito de bloqueio de contas dos demandados. A sindicalita Rosália Fernandes lamentou que a Justiça do Rio Grande do Norte “venha criminalizando os movimentos sociais, impedindo a livre organização sindical e de reunião dos trabalhadores, ferindo, inclusive, preceitos da própria Constituição Federal”. Segundo o Sinsenat, na assembleia de hoje de manhã, na sede do SindSaude, na Cidade Alta, a categoria poderá decidir se a greve será mantida ou se, em caso da categoria acatar a decisão judicial, retomam a paralisação depois da Copa do Mundo, em julho. “Não é com a volta de 100% dos servidores ao trabalho, que se resolve o problema da saúde do município”, reforçou Célia Dantas, a respeito do fato de que nas unidades de saúde não há a mínima condição de trabalho, pois faltam remédios, esparadrapos, luvas, máscaras e respiradores. “Não temos como dar uma resposta à população, nas Quintas, por exemplo, a descarga no banheiro é feita com um balde de água”, continuou a sindicalista. O representante do comando de greve da Guarda Municipal, Souza Júnior, disse que a categoria continua em greve, porque ainda não recebeu a notificação judicial sobre determinação do desembargador Francisco Saraiva Sobrinho para que médicos, guardas municipais e agentes de saúde não deflagrassem greves durante a Copa. Mas, ele confirmou que entre 60% e 70% dos 497 guardas estão em greve e, a partir das 8 horas de hoje, juntam-se aos agentes e escrivães da Polícia Civil, que realizam uma assembleia no Sinpol e de lá saem na “Marcha da Mordaça”, até a praça 7 de Setembro, em frente ao Tribunal de Justiça em protesto contra a criminalização dos movimentos sindicais e sociais. Souza Júnior diz que os guardas municipais lamentam que o prefeito Carlos Eduardo “não cumpra o próprio estatuto que ele criou” e cobram o envio à Câmara Municipal do plano de carreira da categoria. Reprodução: Tribuna do Norte