Em nota recente enviada à imprensa, a Sesap reconheceu as dificuldades para honrar o abastecimento nas unidades de saúde, mas, reiterou o empenho para resolver os problemas. “A Secretaria não dispõe de autonomia financeira para realizar os pagamentos devidos, e depende de uma tomada de posição por parte da Secretaria de Planejamento (Seplan), a fim de que libere as solicitações de recursos para esta finalidade”.
Segundo Luiz Roberto Fonseca, a Secretaria Estadual de Saúde Pública acumula, hoje, dívida de R$ 96 milhões que poderá ficar de herança para a próxima gestão.
Desse total, cerca de R$ 29 milhões são dívidas com fornecedores farmacêuticos, que resultam no desabastecimento de insumos e remédios em hospitais e também na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat).
No texto, a Secretaria também detalhou os problemas financeiros enfrentados na saúde do Estado. “Dos R$ 25 milhões mensais que deveriam ser repassados pela Seplan, apenas R$ 17,5 milhões têm entrado, por mês, na conta da Saúde ao longo dos últimos anos”. Outros R$ 30 milhões deveriam ter sido repassados como contrapartida a Municípios para unidades e serviços de assistência, como as Unidades de Pronto-Atendimentoe ao Samu. “O Estado não conseguie arcar com a contrapartida”, disse o secretário.
Somente junto às cooperativas médicas e serviços terceirizados a conta em aberto soma quase R$ 12 milhões. O rombo cresce com os débitos junto a empresas de alimentos (R$ 5 milhões) e de fornecimento dos gases hospitalares, com mais R$ 4 milhões.