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Servidores da Pediatria do Huol reclamam de falta de insumos e condições precárias

Geral

15.04.2015

Segundo denúncias, dificuldades começaram após a Ebserh assumir a administração do hospital 
Os servidores do ambulatório e enfermarias de Pediatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) denunciaram nesta terça-feira (14) que a falta de insumos e de condições de trabalho estão comprometendo a qualidade dos procedimentos oferecidos pela instituição, em Natal. Antes, todos os atendimentos feitos pela ala infantil eram realizados no antigo Hospital de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Hosped/UFRN), que foi incorporado pelo Huol após a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, ter assumido a direção geral da instituição no ano passado.
 
Entre os itens em falta apontados pelos servidores, estão luvas, espátulas, papel-toalha, papel usados para cobrir leitos e até coletores de materiais perfurantes e/ou cortantes, que estão sendo substituídos de forma improvisada por sacolas plásticas de lixo ou ainda garrafões de água mineral ou produtos de limpeza, que são inadequados para esse tipo de resíduos possivelmente contaminados.
 
Sem se identificarem por temerem alguma forma de represália, os trabalhadores consultados afirmaram que essa situação começou a ocorrer com mais freqüência desde fevereiro passado e que, na última terça-feira (07), eles chegaram a reclamar durante um protesto em frente ao prédio principal do Huol, durante ato da Saúde. Eles também denunciaram que estão sofrendo com o excesso de calor dentro das dependências do ambulatório, porque vários equipamentos como ventiladores e aparelhos de ar condicionados não estão funcionando corretamente.
 
“Falta material de trabalho e faltam ainda condições para que possamos exercer as nossas atividades de forma digna. Uma das situações que mais nos incomoda hoje é ter que conviver com um calor infernal dentro do prédio e das salas, porque algumas delas não estão climatizadas. A sala de repouso para os servidores que dão plantão também é um forno e é impossível conseguir descansar desse jeito. O mesmo acontece na copa, onde até copo descartável vive em falta”, desabafou uma enfermeira.
 
Os mesmos problemas relatados na enfermaria pediátrica podem ser encontrados no ambulatório especializado, que oferece mais de 20 especialidades médicas e funciona em um anexo da Maternidade Januário Cicco, vizinho ao prédio do Huol. Para os servidores, a situação no setor só não é pior porque nele são realizados apenas consultas e procedimentos eletivos, agendados e encaminhados pelas centrais de regulação do Estado.
 
“É a nossa salvação, porque, se fossemos porta de entrada para urgência e emergência, a situação seria insustentável. Às vezes, quando é preciso, tiramos do nosso próprio bolso para comprar um ou outro material, como luvas, que aqui é item de segurança pessoal, já que lidamos com vários tipos de doenças, mas não podemos trabalhar dessa forma. Antes da Ebserh assumir a unidade, pensávamos que seria bom, mas hoje, vendo como estamos vivendo hoje, a situação é terrível”, lamentou outra profissional.
 
A reportagem de O Jornal de Hoje entrou em contato com o setor de Comunicação Social da Ebserh para apresentar as reclamações dos servidores e obter um posicionamento oficial da empresa sobre os casos relatados. No entanto, até o fechamento desta edição, às 13h30, não havia recebido uma resposta.

Fonte: O Jornal de Hoje