Os servidores terceirizados da saúde estadual paralisaram as atividades na manhã deste sábado. No Hospital Walfredo Gurgel, indicado para receber a demanda da Copa do Mundo, a alimentação aos demais servidores foi interrompida e dos 10 maqueiros do turno, apenas 3 estavam trabalhando e transportando os pacientes.

Contratados pela empresa SAFE para cumprir funções de limpeza, alimentação e de transporte de pacientes, os servidores deveriam ter recebido o pagamento deste mês até a sexta-feira, dia 07, o que não ocorreu. É o segundo mês consecutivo que os servidores terceirizados da saúde cruzam os braços contra o atraso no pagamento de salários. Em novembro, os servidores receberam o pagamento apenas no dia 13, seis dias após terem iniciado a paralisação. O motivo foi o atraso no repasse do pagamento do estado à empresa.

“A terceirização é um mal que precisa acabar. As empresas tratam esses trabalhadores como descartáveis, não respeitam a legislação trabalhista e praticam assédio moral”, denuncia Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde.

Greve no Estado

Amanhã, os servidores da saúde estadual entrarão em greve, pelo cumprimento do acordo assumido pelo governo em setembro, após 33 dias de movimento grevista. Nesta segunda (09), eles participam de entrevista coletiva, às 10h, junto com professores estaduais, policiais civis e servidores da Administração Indireta.

Reprodução: Tribuna do Norte