Superlotado, HWG carece de pessoal, medicamentos e equipamentos
Geral
02.02.2012
Após visita ao Tarcísio Maia, a Comissão de Direito à Saúde participou de inspeção ao Pronto Socorro Clóvis Sarinho em razão das denúncias de falta de medicações e equipamentos, além da superlotação, que comprometem a qualidade dos serviços oferecidos. O maior problema verificado no Walfredo foi a superlotação. Segundo relatou a advogada, isso desencadeia uma série de outras dificuldades na prestação de uma saúde com mais qualidade. Exemplos são a falta de medicamentos e insumos, além de equipamentos médico-hospitalares, principalmente monitores cardíacos e ventiladores mecânicos.
Outra constatação no relatório é que, assim como no Hospital Tarcísio Maia, o número de profissionais de saúde no Walfredo é insuficiente para atender a demanda que recebe diariamente e ainda assistir aos pacientes clínicos e crônicos que vão se instalando por toda a estrutura do pronto-socorro. "A demanda é tanta que apresentaram a relação contendo o nome de 170 pacientes da ortopedia que aguardam, em casa ou em outros 'hospitais',um procedimento cirúrgico ou um simples exame. Outros 14 aguardam procedimentos vasculares. Verdadeiras 'listas de espera', sem falar dos que aguardam leitos de UTI e atendimento por outras especialidades cirúrgicas", afirmou Elisângela Fernandes. Durante a visita a comissão também observou que, no Pronto Socorro, havia 29 pacientes com solicitação de UTI, transferidos de diversos municípios e internados em leitos da urgência, muitos deles em macas estreitas. Várias delas, do SAMU.
A visita ao Walfredo Gurgel teve o acompanhamento da presidente da Comissão de Direito à Saúde da OAB/RN, junto com o secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda, e com representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte e do Conselho Regional de Enfermagem do Estado. No Tarcísio Maia a visita contou ainda com as presenças de membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RN, Natália Bonavides e Hélio Miguel, e de Mossoró Fransueldo Vieira de Araújo, além do conselheiro seccional Alexsander Gurgel, do delegado do CRM-Mossoró, Manoel Freitas, e do jornalista Cézar Alves.
O médico Jeancarlo Fernandes Cavalcante, presidente do Cremern, disse que o maior problema encontrado durante as visitas foi a existência de pacientes intubados, recebendo atendimento nos leitos comuns. "Muitos pacientes no setor de reanimação. Vários pacientes que deveriam estar na UTI estavam nas enfermarias comuns. Isso aumenta consideravelmente a mortalidade dentro dessas unidades. Pacientes graves tratados de forma inadequada", disse.
Fonte: Diário de Natal