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Toxina também trata com sucesso doenças musculares e enxaqueca

Geral

17.01.2012

Além do tratamento estético, a aplicação de toxina botulínica tem melhorado a qualidade de vida de pessoas com doenças neurológicas musculares, como contrações involuntárias; excesso de suor nas axilas e nas mãos, incontinência urinária e até mesmo enxaqueca. Neste último caso, a toxina tipo A está indicada apenas para a profilaxia das enxaquecas crônicas e resistentes aos tratamentos de rotina, com o comprometimento importante da qualidade de vida, segundo a Anvisa. Na neurologia, a aplicação da droga tem ajudado bastante, diz Sergio Novis, professor emérito da UFRJ e Chefe de Serviço de Neurologia da Santa Casa do Rio.

— A toxina botulínica é de grande eficácia no tratamento da contração involuntária de músculos faciais (espasmos hemifaciais), fechamento involuntário das pálpebras (blefarospasmos), espasticidade e contrações musculares persistentes (distonias) — diz Novis.

— E atua bem no torcicolo espasmódico. Na neurologia, as injeções são feitas nos músculos acometidos; o efeito começa a se manifestar após oito dias e perdura por quatro meses. — Temos experiência tanto no Hospital do Fundão quanto na Santa Casa. Já se somam cerca de 500 casos tratados em pacientes do SUS ou de clínica privada. O SUS fornece gratuitamente a toxina para ser aplicada nos pacientes dos hospitais públicos ou filantrópicos — diz o neurologista.

A sensação de fraqueza é um dos poucos efeitos colaterais das injeções O efeito colateral mais importante em neurologia é nas contrações musculares persistentes da área cervical; quando se infiltra em músculos da deglutição. Nesses casos, o medicamento pode causar dificuldade de engolir, obrigando, por algum tempo, o uso de sonda para alimentação. E, quando se aplicam doses maiores, a pessoa pode se queixar de sensação de fraqueza muscular.A Anvisa libera aplicação de toxina para tratar incontinência urinária devido ao mau funcionamento do músculo da bexiga. Apenas quando não se tem alívio com medicamentos, fisioterapia ou cirurgia. O medicamento ajuda a controlar incontinência quando a pessoa sofre de vontade urgente de fazer xixi e não consegue nem chegar ao banheiro. A injeção deve ser reaplicada a cada seis meses.

Da Agência O Globo

Fonte: Diário de Natal