Os três hospitais que suspenderam atendimento a usuários da Unimed ainda não definiram se vão recorrer da decisão judicial que obrigou as unidades atenderam novamente os pacientes conveniados ao plano de saúde. Na última quarta-feira, a Casa de Saúde São Lucas, Hospital do Coração e Promater decidiram conjuntamente pela suspensão do atendimento nos pronto-socorros por tempo indeterminado.

Entretanto, a Justiça acatou pedido do Ministério Público e determinou que os hospitais voltassem atender os pacientes sob pena de pagar multa diária de R$ 50 mil por descumprimento da decisão e R$ 5 mil por cada paciente não atendido.O coordenador do pronto-socorro do Hospital do Coração, Manoel Messias, informou que a liminar foi entregue à assessoria jurídica para análise. "Eles estão estudando qual a melhor conduta nesse momento", disse. De acordo com a liminar, os hospitais têm cinco dias para recorrer da decisão judicial. "É possível que recorram em conjunto já que a posição é semelhante", acredita Messias. 

A reportagem do Diário de Natal falou com uma funcionária da Promater e recebeu a informação de que somente o diretor Guilherme Maia iria se pronunciar sobre o assunto. A equipe do DN também tentou falar com os representantes da Casa de Saúde São Lucas, mas não teve sucesso. 

A suspensão ocorreu, segundo informações dos hospitais, pelo fato do valor pago pela Unimed por paciente não ser viável o que não compensa custos com equipe médica, exames laboratoriais e enfermaria. A decisão do Tribunal de Justiça do RN (TJ/RN) se baseou na quebra de cláusula contratual entre os hospitais credenciados e cooperativa que previa a obrigatoriedade de um aviso prévio de 30 dias para a suspensão dos serviços prestados, o que ocorreu apenas com 24 horas de antecedência.