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UPA de Parnamirim não tem data para ser inaugurada

Geral

06.05.2013

 

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, localizada no município de Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, foi concluída há pelo menos seis meses, mas ainda aguarda a chegada dos equipamentos para começar a funcionar. Quando inaugurada, a UPA de Nova Esperança terá capacidade para atender, em média, 800 pessoas por dia e será responsável por diminuir a demanda de pacientes que buscam atendimento ambulatorial no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena. O prédio está pronto, mas permanece fechado, pois ainda falta a instalação elétrica do local. A reportagem d’O Jornal de Hoje esteve no local e verificou que alguns pontos já estão se deteriorando, pelo abandono. A área onde funcionará a recepção da UPA já está com uma goteira, e com a chuva, chega a formar uma pequena poça d’água.

Os recursos para aquisição dos equipamentos estão na conta do Estado, mas não tem data para serem liberados. O secretário de Saúde de Parnamirim, Mário César, se reunirá com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, para definir os próximos passos. “Estamos esperando que o Governo do Estado compre os equipamentos para iniciarmos o processo seletivo”, afirma Mário Cezar. “Esperamos que a unidade seja inaugurada até junho, mas isso vai depender do tempo necessário para licitar a aquisição dos equipamentos”, acrescenta.

Luiz Roberto Fonseca, secretário estadual de Saúde, explica que “para iniciar o processo licitatório é preciso que tudo esteja muito articulado entre o Estado e o Município, para que o Executivo não seja penalizado”. Segundo ele, o Estado só pode comprar os equipamentos quando a Prefeitura de Parnamirim tiver fixado uma data para a inauguração.

Enquanto a UPA não é inaugurada, os moradores buscam atendimento nos hospitais da região e na Unidade Básica de Saúde de Nova Esperança, que fica localizada em frente ao terreno da UPA de Nova Esperança. A diretora da Unidade de Saúde, Vanessa Valéria Silva de Abreu, conta que a demanda na unidade é grande devido ao crescimento imobiliário da região e pelo fato de ser o único atendimento médico do conjunto. O resultado disto é que um paciente chega a esperar cerca de 30 dias por uma consulta médica.

“A população, nos últimos anos, quase que quadriplicou e ainda somos a única unidade a dar resposta”, afirmou a diretora. A Unidade Básica de Saúde de Nova Esperança conta com duas equipes do programa Estratégia Saúde da Família e, além disso, faz atendimentos de primeiros socorros, vacinação, curativo e atendimento médico e odontológico. São quatro clínicos e dois dentistas para atender a demanda. Cada médico chega a atender cerca de 30 pacientes por dia, além das visitas domiliciar aos pacientes acamados. A diretora disse que, junto com a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim, está cogitando a abertura de outro prédio, de pequeno porte, para suprir a demanda.

Quando chega o fim de semana, a situação fica mais complicada, pois as unidades básicas de saúde não funcionam. Então, a população recorre a UPA de Rosa dos Ventos ou o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, ambos distantes de Nova Esperança. A dona de casa Maria da Conceição lamenta ter que se deslocar até outra unidade, já que ela mora tão próximo à UPA. “Estou com dor de cabeça muito forte e com febre desde sexta-feira. Daí eu não tinha como ir para o hospital que era muito longe e preferi esperar até a segunda-feira para ter atendimento aqui na Unidade de Saúde. Isso é uma vergonha. É lamentável”, afirmou a paciente.

A dona de casa Maria Mônica conta que o atendimento na Unidade de Saúde é bom, mas tem procedimentos que não podem ser realizados. “As coisas que podemos resolver aqui está bom, mas quando algo não pode ser feito aqui, ficamos a mercê da boa vontade das pessoas para poder ir para outro lugar. É muito triste, pois vemos a UPA pronta e fechada. Não entendo o descaso dos governantes com a saúde da população”, desabafou Maria Mônica.

A diretora do Hospital Deoclécio Marques de Lucena, Nilzelene Carrasco disse que cerca de 40% dos atendimentos do hospital são ambulatoriais e que poderiam ser resolvidos tanto na rede básica, quanto nas UPAs. A diretora acredita que, quando a UPA de Nova Esperança começar a funcionar, o Hospital Deoclécio Marques vai poder atender os pacientes dentro do perfil da unidade, que é de urgência e emergência.

Fonte: Jornal de Hoje