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Vacinas em adesivos ativam melhor sistema imunológico

Geral

28.06.2013

Pesquisadores australianos criaram um adesivo que, colado sobre a pele, aplica vacinas de forma barata, eficaz e indolor.

Especialistas deram boas vindas à novidade, mas disseram que o método pode não ser apropriado para todos os pacientes.

O pesquisador Mark Kendall, da Universidade de Queensland, apresentou a criação de sua equipe exatos 160 anos depois que Alexander Wood solicitou a primeira patente para a agulha e a seringa.

Talvez tenha chegado a hora de atualizar essa tecnologia, trocando-a por uma nanotecnologia.

Ativação imunológica

Há outras razões para isso que vão além do medo da agulha, da dor e dos riscos de contaminação.

Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada de forma seca.

Um ponto fraco das vacinas tradicionais é que, por serem líquidas, precisam ser mantidas no refrigerador – a vacina nanoadesiva pode ser mantida a 23ºC durante um ano.

“As saliências no adesivo trabalham com o sistema imunológico da pele. Nosso alvo são essas células, situadas a um fio de cabelo de distância da superfície da pele”, disse Kendall.

Segundo o pesquisador, o ponto imunológico exato pode estar na pele e não no músculo – e as agulhas atravessam diretamente a pele.

Nos testes para administração da vacina contra gripe, os pesquisadores relataram que as vacinas aplicadas por meio do nanoadesivo apresentaram uma resposta completamente diferente daquelas aplicadas com o uso da seringa tradicional.

“Isso significa que nós podemos trazer uma ferramenta completamente diferente para a vacinação”, disse o pesquisador.

Além disso, a quantidade de vacina necessária é muito menor – até um centésimo da dose normal.

O preço de “uma vacina que custa US$ 10 pode ser reduzido para US$ 0,10, o que é muito importante no mundo em desenvolvimento”, acrescentou.

Reprodução: Diário de Saúde